quinta-feira, 23 de julho de 2009


DISCIPLINA POSITIVA

Quando se torna pai e mãe a coisa mais certa é que não se recebe manual, eis adiante o maior dos desafios: educar... Pois bem, esse se torna uma difícil tarefa porque só o dia a dia e certas orientações nos auxiliam nessa construção do educar. Isso independe da criança ou de sua situação, criança é criança, apresentando alguma deficiência ou não.
Dentro deste processo sempre esta explicito o papel da disciplina, essa importante arma dos educadores, sejam eles pais ou professores. Mas em que circunstancias entram as disciplinas? Podem ser negativas e positivas? E quanto à disciplina positiva, como posso orientar-me nessa prática educativa?


Dentro dos determinantes do comportamento infantil, percebe-se um importante princípio: a criança tende a repetir comportamentos que lhes trazem algumas vantagens e eliminar aqueles que não “funcionem” de uma forma geral dentro disso que percebe do ambiente que interage e em suas relações. Esta regra básica nos permite reforçar o que é bom e enfraquecer o que é mau. Esses reforços podem ser sob forma de recompensas sutis e concretas, auxiliando não só o estabelecimento de comportamentos positivos, mas devemos em conjunto trabalhar a conscientização da criança.


RECOMPENSAS SUTIS – se constitui naquelas pequenas demonstrações diárias de aprovação de pequenas ações positivas, por meio de linguagem oral ou corporal, tom de voz e ate mesmo por elogios sutis. Esse tipo de recompensa também tende a reforçar a auto-estima da criança e a sua segurança. Esta se mantém forte e marca por toda vida. Se essa as atitudes dos educadores forem negativas e inapropriadas em vez de beneficiar poderão gerar adultos inseguros e de auto-estima baixa ou ainda agressivos.


Apontem quando fizerem algo de bom – A pior armadilha aos pai é se tornarem tão negativos a ponto de não ver nada positivo nos filhos. Há pessoas que por conta do preconceito a pessoas com deficiência ou até mesmo pais que nunca aceitaram a condição do filho, só conseguem ver coisas negativas e não apresentam boas expectativas com relação à criança. É extremamente gratificante a criança perceber sua utilidade nas pequenas coisas e ser reconhecida, isso torna sua autoconfiança mais forte.


Expressões Corporais – Por meio desta as crianças percebem como termômetro se estamos satisfeitos ou não com suas atitudes, Esta forma sutil de disciplina tem sido uma poderosa ferramenta para evitar atitudes mais enérgicas caso a criança esgote todos os meios do responsável em deter alguma atitude sua. Quando positiva a criança sente prazer e mais segurança quando percebe que acertou nos olhos ou no sorriso do responsável.


Seja Específico e Claro na Comunicação – Rodeios com crianças nunca funcionaram bem. Eles ainda tem um nível de elaboração do vocabulário primitivo, por tanto não dê rodeios ou gaste o latim em promessas e coisas que não cumprirá, você só ganhará a descrença da criança. Usar de palavra de encorajamento de forma clara e específicas tipo: “Como você se arruma bem” só fará dessa comunicação algo bem entendido pela criança e absorvido como uma resposta positiva a suas atitudes.


RECOMPENSA CONCRETAS – Estas se constituem nas recompensas e estímulos por meio de presentes, favores, privilégios, dinheiro e suborno. Reconpensas concretas são particularmente úteis para crianças mais velhas. Alguns especialistas ainda discuntem a diferença entre recompensa e suborno. A recompensa vem como bônus depois da atitude e consolida um bom comportamento; o suborno é combinado previamente, e se o desempenho não é satisfatório, não há pagamento.


O Tempo - para uma criança é extremamente valioso, pois ela faz o melhor uso deste para satisfação prazerosas. Use esse aliado em favor dessa educação, a oferta de tempo livre para essas atividades prazerosas se torna em uma importante moeda de negociação e recompensa.
Privilégios – quem nunca usou destes para barganhar um pouquinho com os filhos,

principalmente quando adolescentes. Conceder privilégios ou retirá-los também tem sido uma forma dos educadores intervirem positivamente na educação.


Comida – Esta é uma importante arma de motivação para reforço de comportamentos positivos e isto tem sido utilizado independente das idades...rs. Quanta vezes conseguimos adequar certos comportamentos das crianças pelas expeditivas geradas dentro delas para receber um doce,uma guloseima, e outras coisas... O importante é não fazer dessa relação uma troca de dependência pois a criança pode depositar todas suas ansiedade canalizadas na comida. Esteja tento a isso.


Dinheiro – O dinheiro pode ser a raiz de todos os males, mas certamente atrai as crianças. Mas cuidado, use como bônus de satisfação por uma coisa que a criança queira e em função disso produz uma atitude positiva para ser merecedor deste; mas deve ser administrado dentro dos limites, pois o uso inadequado dessa relação dinheiro e favor pode se tornar em comportamentos futuros de extorsão.


Não confundir com permissividade. Se por esta altura está a pensar que a Disciplina Positiva pode levar à permissividade, saiba que não é de todo essa a ideia. O facto de dar às crianças poder e participação nas decisões ou o facto de não contemplar castigos não significa dar-lhes margem para fazer tudo o que lhes apetecer. Jane Nelsen, que faz parte da API, define desta forma a barreira entre disciplina positiva e permissividade: «a gentileza e a firmeza são igualmente importantes na disciplina positiva. O castigo / punição servem para fazer as crianças "pagar" pelo que fizeram, enquanto a disciplina positiva ajuda as crianças a "aprenderem" com o que fizeram, ao tentarem encontrar possíveis soluções e ao utilizarem o seu poder de um modo "útil" (...) Assim não precisam de usar o seu poder para a rebelião.»

Mas não se esqueça que ponderar ainda é a melhor forma de aplicar estes recursos compensatórios e o amor o termômetro de todo bom reforço...PORTANTO CULTIVE SEMPRE COM SEU FILHO ESSA RELAÇÃO DE AMOR E RESPEITO e tudo mais é secundário e auxiliar....

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