quinta-feira, 9 de julho de 2009

INTEGRAÇÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA NO TRABALHO




< “É quando as pessoas agregam valores, se entendem e se humanizam."
Faccina / NESTLÉ



Desde 1991 existe uma lei no Brasil que obriga as empresas com mais de 100 funcionários a contratarem pessoas portadoras de deficiências. A lei prevê que uma determinada quantidade de vagas, que varia de 2% a 5% do número total de funcionários, deve ser reservada para pessoas deficientes.

Como toda medida afirmativa, a lei vem causando grande polêmica e seu cumprimento ainda não é uma realidade para a maior parte das empresas.

A questão da inclusão de deficientes no mercado de trabalho é um desafio que pode ser visto pelas empresas como uma crise ou como uma oportunidade incrível.

Muitos estudos mostram que promover a diversidade no mercado de trabalho trás muitos benefícios para as empresas. Pessoas com formação diferente, com visões diferentes sobre os mesmos problemas, com origens, idades orientações políticas e religiosas diferentes, reunidas em um mesmo ambiente proporcionam uma visão mais holística e promovem a criatividade e a inovação.

Em um grupo heterogêneo, a troca de experiência e opiniões enriquece todos os indivíduos. Por este motivo, as empresas devem cultivar a diversidade como uma estratégia para ampliar a sua visão global e integrada da sociedade em que atuam.
As barreiras para a inclusão de deficientes talvez estejam mais em nossas cabeças do que em problemas efetivos. Como durante muito tempo os deficientes estiveram segregados, a sociedade acabou por reforçar seus preconceitos e nos acostumamos a mantê-los sempre isolados e marginalizados.

O repúdio preconceituoso e a segregação “caridosa” do portador de deficiência cederam passo, progressivamente, à idéia de integração plena dessas pessoas.

As estimativas atuais indicam que existam no Brasil cerca de 24 milhões de pessoas portadoras de deficiências. Como será que conseguimos manter, por tanto tempo, tantas pessoas à margem da sociedade, sem acesso a educação, a emprego e ao consumo?
A lei de cotas pretende minimizar este problema e ajudar a dar oportunidade para que estas pessoas voltem a fazer parte da comunidade e, para isso, o papel das empresas (como geradoras de empregos) será decisivo.

É claro que a empresa irá precisar fazer algumas adaptações para receber estas pessoas. Em tempos de inclusão cada empresa passa por experiência muito particular. Um dos grandes desafios d inclusão no trabalho é encaixar pessoas certas nos postos em disponibilidade; o que contará com o esforço conjunto de todos.

As maiores adaptações, no entanto, estão relacionadas a questões comportamentais: a verdade é que não sabemos lidar com as diferenças, não tivemos oportunidades, na infância, de conviver com pessoas deficientes e, por tudo isso, temos uma enorme resistência a esta idéia. E, sobretudo desmistificar que ninguém estar chegando para tirar emprego de ninguém e que os PPDs não ganham e nem trabalham menos por conta de sua deficiência. E, fazê-los agregar a idéia de que já que temos de cumprir as leis e nosso papel de responsabilidade social, que cumpramos da melhor forma e com os melhores proveitos. Pequenas ações de treinamento e sensibilização, no entanto, ajudaram a resolver este problema.

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