quinta-feira, 25 de junho de 2009

E OS EDUCADORES E TÉCNICOS? SERÁ QUE ESTAMOS REALMENTE FAVORECENDO UMA FORMAÇÃO QUE ATENDA ESSA NECESSIDADE?

Em O Desafio das Diferenças na Escola, MONTOAN (2008) traz uma importante reflexão sobre a formação e a capacitação dos nossos educadores, e nos adverte a repensar e até fugir dessa forma tradicional de cursos externos e internos à escola, supondo ser suficiente para qualificar professores e técnicos, e estes, conhecendo-as, fará uso delas, em uma sala de aula ou outro ambiente?. Tais práticas de formação já observada; não tem surtido o efeito desejado, pois obedecem a um modelo tradicional, que traz pronta a novidade, ou seja, o conhecimento a ser aprendido, esperando que o aluno o reproduza depois. Muitas “escola para alguns” comporta esse tipo de formação que se baseia em uma idealização do educando, seja ele professor ou aluno, as sim procedendo ignoram mais uma vez, as diferenças. Sistemas que se comportam assim rejeitam os alunos e os professores que não estão dentro do que foi estipulado para atender o perfil do bom professor e do bom aluno. Gastam-se fortunas em formação de professores e suporte técnico, que se sentem cada vez mais despreparados. A resistência dos professores à inclusão tem sido o despreparo para ensinar a turma toda, o desconhecimento e a falta de convivência com o diferente, adaptar currículos diferenciados na sala de ensino regular.

De fato, já é contestada a formação dada aos nossos professores e técnicos, que esta não atende aos reclames do ensino inclusivo. Defende que ela gire em torno de outro eixo, daquele desenvolvido a partir de conhecimentos previamente selecionados e transmitidos aos professores, como coordenadas a direcionarem a construção dessa relação de saber juntos. O foco se reduz à aprendizagem - mas o que fazer para que os alunos aprendam? Os problemas de ensino, o que deve e pode ser mudado para que os alunos tenham oportunidades ficam para trás.

A escola para todos exige uma grande virada na formação inicial e continuada dos professores e da equipe técnica que coordena esta instituição de ensino. È providencial que suas discussões estejam centradas nos problemas reais, concretos, relativo ao ensino ministrado e nas possibilidades reais deste alunado tirar proveito dentro das limitações que possuem. Ai centra-se o grande desafio de nós educadores...

O mais importante de tudo é que não paremos de nos questionar, pois só assim essa construção de um espaço de práticas mais adequadas e dignas a essa clientela de alunos poderá enfim alimentar a tão sonhada inclusão.

Um comentário:

Este blog é pra crescimento coletivo e troca construtiva, lembre-se disso...