terça-feira, 30 de junho de 2009

TODO FILHO É ESPECIAL PARA MÃE. MÃE NÃO AMA PELA CONDIÇÃO, MAS A CONDIÇÃO GERA MAIS AMOR AINDA...




Gostaria de começar essa reflexão por um trecho de Maria Tereza Pagliaro em seu blog mdemulher.abril.com.br/família onde traz um artigo intitulado PAPO DE MÃE :
“Nasceu com uma série de problemas. Uma trombada genética, disseram os médicos. Tempo de vida? Ninguém sabia dizer. Qualidade de vida? Ninguém se arriscava. A família consternada, as mãos atadas, os especialistas sem diagnóstico ou prognóstico.

O que eu vi desde então, nesses mais de 20 anos, foi uma das maiores provas de dedicação, de amor infinito, de entrega total a uma criaturinha que, apesar dos 21 anos de vida, mantém-se em seu próprio mundo de criança, desenha movimentos no ar, abraça com força bruta e desperta um imensurável e generoso sentimento de amor em todos que a conhecem. A criança ficou doente. Mais uma vez. Só que, dessa vez, foram mais de 30 dias internada. Saiu do hospital uma sonda na barriga para receber alimentos, assim, pelo resto da vida. Trabalho? "Que nada". diz a mãe, para quem não há espaço para lamentações. Os pais nunca se queixaram nunca se deram por vencidos, nunca desanimaram. Nunca desistiram.

Para quem experimenta a maternidade, relata que não pode haver momento mais importante da vida, um acontecimento esperado por 9 meses (isto a dentro de um desejo maternal), que toda dor é esquecida e só a alegria de contemplar o rostinho do seu bebê é um gozo pra mãe, tudo naquele momento parece pequeno diante daquele grande amor concreto nas mãos da mãe.

E quando esse bebê idealizado não é o que se tem de real em mãos?
Como no relato acima há um tempo ter um filho deficiente, um síndrome de down, por exemplo, era o castigo para família, a culpa era imposta a mulher que gerou uma “aberração”, era quase insuportável e essa criança estava condenada a viver à margem da sociedade e privada dos seus plenos direitos. Mas mesmo em épocas assim, difíceis de ser mãe de uma criança especial, muitas guerreiras enfrentaram a sociedade em nome de uma vida digna aos seus filhos e foram a luta e é por essas mães que hoje essa nova geração tem maiores espaços de assistencia abertos a seus filhos.
Na instituiçõa em que trabalho com mais de 260 mães da escola, tenho presenciado muitas demonstrações do que é ter um filho biológico ou adotivo com deficiência. E o mais difícil ainda, ter um filho deficiente, dois filhos deficientes até, e em uma situação socioeconômica desfavorável e total desestruturação familiar. Avós que são mães, mulheres desconhecidas que adotam bebês abandonados com deficiência e por eles tem o mesmo amor que seus próprios filhos... E ainda situações de superação maiores; mães com problemas psiquiátricos que tentam “cuidar”, educar, dentro do máximo que podem dá dentro também de suas próprias limitações a seus filhos. Esse amor ora alimentado por alegrias, ora desgastado por lutas diárias, tem feito dessas “mães” biológicas ou não, verdadeiras mães mulheredesbravadoras. Incondicionais no seu amor, mas frágeis também como pétalas de flor. A essas mulheres que se superam todos os dias pra criarem seus filhos “especiais”, porque assim o são pra elas, minha admiração e meu apoio....

Ás "mães da apae" minha admiração e meu respeito por suas lutas por toda uma vida...
Meu agradecimento a Nany mãe da pequena Yanne da foto que tem sido uma verdadeira troca de vida....

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